Você sabe como funciona uma lâmpada comum, do modelo incandescente? E você sabia que é possível fazer um pepino acender quase da mesma maneira que uma lâmpada dessas? Essa experiência é comum em cursos de Engenharia e Eletrônica, nos quais muitos professores utilizam esse teste para demonstrar a Lei de Joule.
O experimento é bastante simples, mas incrivelmente perigoso e não deve ser executado por quem não tem experiência com eletricidade. A chance de ocorrerem acidentes é muito grande, portanto tenha cuidado.
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Materiais
Vamos à lista de materiais:
- Um pepino (daqueles em conserva);
- Duas hastes de metal;
- Duas placas de madeira;
- Parafusos;
- Fios elétricos;
- Um filtro de linha (com fusível).
ATENÇÃO: Essa experiência é muito interessante porém extremamente perigosa. Vamos lidar com eletricidade, e um choque pode até matar. Por isso, caso você resolva prosseguir com os experimentos, tenha a supervisão de um profissional capacitado para lhe ajudar.
O primeiro passo é construir a base, que vai servir para segurar o pepino no lugar certo.
Para fazer isso, pegamos a haste de metal e dobramos uma parte para o lado, formando um ângulo de 90 graus.
Depois disso, fazemos dois furos na madeira, deixando aproximadamente 10 centímetros separando cada um deles.
Em seguida, posicionamos as hastes nos buracos e colocamos a segunda madeira sobre o conjunto. Com isso, nós vamos prensar as hastes de metal e fazer com que elas fiquem firmes no lugar. Para terminar de firmar os componentes, devemos inserir três parafusos na base e apertar bem.
O importante é notar que a madeira é isolante, ou seja, ela não deixa a eletricidade passar.
Agora, vamos entortar as hastes para dentro fazendo com que elas fiquem paralelas uma à outra. É nesse local que o pepino deve ser preso.
Fornecendo energia
Para que o pepino acenda, é preciso conectá-lo diretamente à rede elétrica, ou seja, 110 V em corrente alternada (AC). Para fazer isso, vamos utilizar um fio de luz normal com um plugue macho que será ligado na tomada.
Antes de ligar na tomada, é lógico, vamos conectar os fios: um em cada haste de metal. Depois disso, ligamos o plugue no filtro de linha, mas com ele fora da tomada. O aparelho não deve receber eletricidade até que tenhamos segurança e tudo esteja pronto.
Depois de conectar os fios, vamos prender o pepino nas hastes de metal: ele deve ficar preso de comprido e as hastes devem ser enfiadas nele de modo que fiquem paralelas.
Atenção: nunca, em hipótese alguma, elas devem se encostar. Se isso acontecer, um curto-circuito pode causar um acidente.
Ligando a nossa “lâmpada” alternativa
Agora que todos os componentes estão conectados, nos resta testar e ver como ficou. Vamos ligar o filtro de linha na tomada e ligar a chave!
Em poucos segundos, o pepino começa a acender e é possível ouvir o som da eletricidade se transformando em calor. Jamais, nunca, em hipótese alguma deve-se encostar no pepino ou nas hastes de metal enquanto o conjunto estiver ligado.
Depois de alguns segundos, um cheiro forte de queimado deve preencher o ambiente. Depois de desligado e devidamente retirado da tomada, é recomendável aguardar alguns minutos até poder tocar no pepino e conferir o resultado.
Como isso funciona?
O funcionamento dessa experiência é similar ao de uma lâmpada comum. O responsável pela luz é a Lei de Joule, que diz que a energia elétrica que se transforma em energia calorífica num receptor (ou num condutor) é diretamente proporcional à resistência elétrica deste.
Ou seja, o pepino, neste caso, é a resistência. Quando a corrente elétrica passa pelo pepino, ela se transforma em calor. Esse calor é tão intenso que chega a brilhar.
A transmissão da corrente elétrica é facilitada por causa da salmoura em que o pepino se encontra. A água salgada torna-se altamente ionizada, o que aumenta muito a sua condutividade elétrica.
A coloração amarela da luz é proveniente do sódio encontrado no pepino. É o mesmo princípio dos fogos de artifício: sódio faz surgir a luz amarela; cobre faz surgir a luz verde e assim por diante.
O princípio dessa experiência é o mesmo de uma lâmpada incandescente comum. As primeiras lâmpadas desse tipo eram construídas com um filamento de carvão em seu interior que, quando recebia a corrente elétrica, se aquecia e produzia luz. O problema é que esse método era pouco durável.
Hoje em dia, as lâmpadas incandescentes normais utilizam um filamento de tungstênio que aquece até 3 mil graus sem se romper.
O bulbo da lâmpada é preenchido com gases inertes, como o argônio, para garantir que o filamento não se queime rapidamente e garanta à lâmpada maior durabilidade.